| O Extremista |
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Tenho sonhos demais para serem realizados Penso neles embrulhado na rede...faz frio. Meu coração, réu confesso, reina nestes momentos Embora não converse, só grite, com um bater diferente Uma diferença que presenciei tantas vezes. Uma vez tentou se armar para lutar e perdeu Teimou em não aceitar o final da batalha Seu erro foi disputar com a realidade E não me ouvir quando o disse que não tinha razão Agora canta alto na imensidão do meu peito Luta comigo a favor dele mesmo E me esfrega na cara seus motivos das coisas Tenho sonhos demais para que se realizem Porque aprendi a vê-los como sonhos...somente Certo dia pensei: Tudo isso não quero mais! Vou fechar os ouvidos a esse egoísta coração! Aí ele parou. Deixou-me sozinho e parou E eu, assustado, implorei que voltasse Voltou como um pai irado com seu filho mais novo Deu-me um sermão de um dia inteiro E me pôs de castigo na rede lá fora. Quietinho. Foi neste dia que desconfiei quem ele era Sonolento fui perdendo as forças Aí me disse baixinho: - Dorme filho, você cala e eu falo. Em seguida ouvi coros de anjos. (Dezembro/96) |
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gentilmente enviado pelo poeta Sander Lara (MG), autor de "O Extremista" [1999] (02.01.2000) |
| Poesia&Imagem |
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