Menu Principal |
|
English |
Pela primeira vez, em "A Organização Genital Infantil" (1923), Freud define a fase fálica (3-5 anos de idade), subsequente às fases oral e anal, que são organizações pré-genitais. Essa fase corresponde à unificação das pulsões parciais sob a primazia dos órgãos genitais, sendo uma organização da sexualidade muito próxima àquela do adulto (fase genital). Nos Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905), Freud compara as fases fálica e genital: "Essa fase, que merece já o nome de genital, onde se encontra um objeto sexual e uma certa convergência das tendências sexuais sobre esse objeto, mas que se diferencia num ponto essencial da organização definitiva por ocasião da maturidade sexual: com efeito, ela apenas conhece uma única espécie de órgão genital, o órgao masculino... Segundo Abraham [1924], seu protótipo biológico é a disposição genital indiferenciada do embrião, idêntica para ambos os sexos." [SE, VII, CDROM] Assim, Freud postula que meninos e meninas, na fase fálica, estão preocupados com as polaridades fálico e castrado e acredita que as crianças não têm nenhum conhecimento da vagina nesse período. A descoberta das diferenças anatômicas entre os sexos (presença ou ausência de pênis) motiva a inveja do pênis nas meninas e a ansiedade de castração nos meninos, pois o complexo de castração centraliza-se na fantasia de que o pênis da menina foi cortado. A principal zona erógena das meninas localiza-se no clitóris que, do ponto-de-vista de Freud, é homólogo à glande (zona genital masculina). Klein, Horney e Jones consideram que a menina tem um conhecimento intuitivo da cavidade vaginal e os conflitos da fase fálica apenas desempenham uma função defensiva em relação às suas ansiedades relacionadas com a feminilidade. Durante a fase fálica, a culminância do Complexo de Édipo (que conota a posição da criança numa relação triangular), segue diferentes caminhos para ambos os sexos, no processo de sua dissolução: ameaça de castração (meninos) e o desejo de um bebê como um equivalente simbólico do pênis (meninas). Referências Freud, S.
Brenner, C. - Noções Básicas de Psicanálise, Imago Ed. - compre este livro Laplanche, J. & Pontalis, J.-B. - Vocabulário da Psicanálise, SP, Martins Fontes Editores Ltda., 1985 Moore, C. C. - Termos e Conceitos Psicanalíticos, Artmed, recomendado pela "The American Psychoanalytic Association" compre este livro Roudinesco, E. & Plon, M. - Dicionário de Psicanálise, RJ, Jorge Zahar Editor, 1998 - compre este livro Sofocles. - Édipo Rei, Moderna Editora, 1998 - compre este livro |
Glossário/Índice | Fase Oral | Fase Anal | Latência | Fase Genital | veja livros |