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Sigmund e a filha Anna Freud

Anna e seu pai Sigmund Freud
 
 

Anna Freud, a filha caçula do casal Sigmund e Martha Freud, nasceu no dia 3 de dezembro de 1895, em Viena.

Anna iniciou sua vida profissional como professora primária e lecionou durante toda a Primeira Guerra Mundial (1914-1920). Posteriormente, foi pioneira no desenvolvimento da psicanálise de crianças (1923). Seu trabalho teórico abarcou o exame das funções que o ego desempenha no sentido de tornar tolerável a intensidade da ansiedade despertada por idéias e sentimentos penosos, diante das demandas pulsionais.

Seu primeiro livro foi O Tratamento Psicanalítico de Crianças (1927). Outros se fizeram seguir: O Ego e os Mecanismos de Defesa (1936), Infância Normal e Patológica (1965), The Writings of Anna Freud (coletânea/8 volumes/1968-1983).

Em março de 1938, a família Freud, auxiliada por Ernest Jones e a Princesa Marie Bonaparte, fugiu da Áustria (dominada pelos Nazistas), refugiando-se em Londres.

Sigmund Freud vinha sofrendo de cancer desde 1923 e Anna, sua devotada filha, cuidou dele até seus momentos finais (23 de setembro de 1939).

Após a deflagração da guerra e a morte de seu pai, Anna abriu uma clínica, The Hampstead War Nursery, aonde eram cuidadas mais de 80 crianças, cujo sofrimento emocional era decorrente da privação de assistência familiar.

As conflitantes diferenças teórico-técnicas suscitadas pelas obras de Melanie Klein e Anna Freud levaram a sociedade inglesa, The British Psychoanalytical Society, a criar dois grupos paralelos, com o intuito de evitar maiores rupturas no seio da instituição.

Anna Freud criou um curso de formação de analistas de crianças (1947) e fundou uma clínica(1952), The Hampstead Child Therapy Clinic. Lá ocupou o cargo de diretoria de 1952 à 1982. Em sua homenagem, a clínica passou a se chamar Anna Freud National Center for Children and Families, após sua morte. Sua residência, em 20 Maresfield Gardens foi, de acordo com seu desejo, transformada no The Freud Museum, em 1986.

Anna Freud - fotos

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Citação de Anna Freud
 
A um jovem analista que lhe enviou em 1979 um artigo prevendo a morte da psicanálise, ela respondeu com estas palavras:

"Predizer a morte da psicanálise talvez esteja na moda. A única resposta inteligente é a que Mark Twain deu, quando um jornal anunciou, por erro, a notícia de sua morte: 'As notícias sobre minha morte são muito exageradas'. De qualquer forma, o Sr. diz que os antigos ficaram indiferentes, o que é normal, pois sempre foram acostumados aos ataques. Sob muitos aspectos, é quando atacada que a psicanálise caminha melhor."

Citação retirada de Roudinesco, Elizabeth e Plon, Michel - Dicionário de Psicanálise, Jorge Zahar Editor Ltda., RJ, 1998, p.260
 
Obras Selecionadas de Anna Freud
 

FREUD, Anna - O Tratamento Psicanalítico de Crianças, Imago Editora Ltda, RJ, 1971
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FREUD, Anna - O Ego e os Mecanismos de Defesa, Ed. Ed.ArtMed (2006)

FREUD, Anna - Infância Normal e Patológica, Ed. Guanabara Koogan, 1987
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Bibliografia sobre Anna Freud
 

YOUNG-BRUEHL, Elizabeth - Anna Freud - Uma Biografia, Imago Editora Ltda., RJ, 1992  compre este livro

Correspondência entre Sigmund Freud e Anna Freud (1904-1938) L&P Editores- Com este livro o leitor brasileiro pela primeira vez tem acesso aos bastidores de uma das mais famosas relações entre pai e filha da história: a correspondência trocada durante 34 anos por Sigmund Freud, pai da psicanálise, e Anna Freud, a caçula dos seus seis filhos e a única a seguir seus passos profissionalmente. Escritas entre 1904 e 1938, as cerca de 300 cartas aqui reunidas formam um vasto e valioso panorama da intimidade da família Freud ao mesmo tempo em que compõem um registro único da gênese e do desenvolvimento da psicanálise. Encontram-se nas cartas impressões sobre a vida em família, nascimentos e mortes, problemas de saúde, o fantasma do nazismo e da guerra, a convivência afetiva e intelectual entre pai e filha, as pesquisas de Freud e, posteriormente, também de Anna, além de um mosaico sobre as pessoas que permearam essa convivência, como alunos, amigos e colegas de trabalho. Acompanha-se, sobretudo, o desenvolvimento do "demônio negro", apelido pelo qual Freud chamava a filha mais nova, de quem foi psicanalista. De criança problemática e precoce, Anna passou a mulher independente e determinada, que subverteu as convenções sociais da época. Analista mundialmente reconhecida, foi a grande guardiã do legado intelectual paterno - legado que ela aprofundaria e desenvolveria, sobretudo no campo de estudos da psicanálise infantil. A Correspondência oferece ainda um painel da cultura da época, retratando uma família judia de classe média nas primeiras décadas do século XX e revelando as belas paisagens da Áustria, Inglaterra, Hungria e Itália. Essa primeira oportunidade de ler a correspondência reunida de Sigmund e Anna Freud - um verdadeiro diálogo de dois gênios que foram interlocutores privilegiados um do outro - é enriquecida pela introdução e pelas notas da antropóloga Ingeborg Meyer-Palmedo, organizadora desta inestimável fonte de pesquisa científico-histórica sobre o início da psicanálise.  compre este livro



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